Apresentar a arte circense além da lona, e adotar a alegria como fio condutor do sorriso são propostas da ação que ocorreu no Hospital e Pronto Socorro da Criança – Joãozinho, no São José I e, no Hospital Infantil Dr. Farjado, no Centro. A interação entre artistas e pacientes hospitalizados faz parte da programação do 3º Festival de Circo do Amazonas, promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e Fundo de Promoção Social.
Quebrando o silêncio e a tristeza que, muitas vezes, esses ambientes transmitem, o coletivo de artistas arrancou boas risadas dos pacientes do ambulatório e internação, do Hospital Infantil Dr. Fajardo, localizado na área central da capital. “Foi uma surpresa para nós quando os palhaços chegaram. As crianças ficam tão sozinhas aqui. É bom que elas se distraiam um pouco. A minha filha ficou sem palavras”, afirmou Daniele Lopes, mãe da pequena Valentina, 2 anos.
A emoção da visita também foi compartilhada por quem tinha a missão de levar alegria. “É um trabalho muito importante, pois é o circo saindo da lona e indo em outros lugares, e não há lugar melhor que o hospital para levar um pouco de alegria, um ambiente onde as crianças não querem estar. Estamos levando a cura através do riso”, se emociona Idelson Mouta, artista da companhia teatral, Jonatas Sales Produções e Eventos.
O secretário de Cultura, Marcos Apolo Muniz, enaltece o trabalho dos artistas circenses que, durante a temporada do festival, têm a possibilidade de estender o ofício a uma demanda diferenciada. “O Festival de Circo do Amazonas, chega a sua terceira edição, com uma programação extremamente sensível, nos hospitais, comunidades em áreas periféricas, interior do estado, escolas e outros, no sentido de pulverizar a arte a partir do contato com o público”, disse Apolo.
Transformação
No hospital Joãozinho, zona Leste de Manaus, uma equipe de artistas formada por palhaços, perna de pau, bailarina, flautista e acrobata levou música, interação e brincadeiras para as crianças. O artista Cleiciano Cardoso, conta que a reação dos pacientes, acompanhantes e até dos médicos superou as expectativas de quem espera apenas por sorrisos.
“Acredito que seja o nosso ofício. Ficamos muito felizes por mudar um pouco a rotina das crianças, seus pais e mãe. A arte tem essa função, e o circo amplia esse sentido de transformação. A cada interação percebemos que a alegria estava estampada nos rostinhos das crianças”, disse o diretor da Cle Cle Produções, com 18 anos de atuação em Manaus.
O 3º Festival de Circo do Amazonas segue com programação no fim de semana no Parque Rio Negro, São Raimundo, do dia 30 de março a 1º de abril, a partir das 17h. Atrações circenses, música e brincadeiras serão levadas, gratuitamente, ao público infantil. E no dia 2 de abril, às 11h, o Teatro Amazonas recebe o espetáculo “O Sarau do Feupuudo”, com entrada também gratuita.
