Durante entrevista ao SBT News exibida na noite da última segunda-feira (15/12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um balanço dos três primeiros anos de seu terceiro mandato. Ele destacou avanços sociais, econômicos e institucionais, com ênfase na redução de desigualdades, fortalecimento de políticas sociais e conquistas no campo econômico. Lula salientou que a construção dos avanços sociais e econômicos se deve, em grande parte, à disposição para o diálogo. “Resolvemos fazer política. Isso é da democracia”, disse.
Lula ressaltou acreditar no poder da palavra, acima de outros instrumentos de persuasão, e da prática de dar tempo para que os diálogos amadureçam e problemas sejam solucionados, como no caso do conflito tarifário com os Estados Unidos, que tem se transformado em consensos progressivos e benéficos.
Ao comentar as principais marcas da atual gestão, o presidente ressaltou medidas voltadas à justiça tributária, ao combate à fome e à ampliação do acesso da população aos serviços de saúde.
Eu queria dizer que a marca mais sagrada de todas foi a isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil e para as pessoas que ganham até R$ 7,3 mil, que vão ter desconto e vão pagar menos”, pontuou.
A estimativa é de que 10 milhões de brasileiros passem a não pagar Imposto de Renda a partir de janeiro de 2026 e que outros cinco milhões tenham descontos gradativos em função da sanção da lei enviada pelo Governo do Brasil ao parlamento e aprovada por unanimidade nas duas casas legislativas.
Diálogo político – O presidente lembrou ainda do avanço da agenda institucional e da aprovação da reforma tributária, apontando o diálogo político como elemento central para a construção de consensos no Congresso Nacional. “Há 40 anos, esse país esperava uma reforma tributária e nós fizemos, mesmo com esse Congresso adverso. Por quê? Porque resolvemos fazer política. Isso é da democracia. Todas as propostas a gente manda para o Congresso, conversa com as pessoas, os ministros conversam com os deputados, com as lideranças e as coisas terminam aprovadas. Nem sempre você consegue 100% de tudo o que quer, mas nem tudo você perde”, afirmou.
Resolvemos fazer política. Isso é da democracia. Todas as propostas a gente manda para o Congresso, conversa com as pessoas, os ministros conversam com os deputados, com as lideranças e as coisas terminam aprovadas. Nem sempre você consegue 100% de tudo o que quer, mas nem tudo você perde”, afirmou Lula.
Mapa da Fome — No campo das políticas sociais, Lula apontou o reconhecimento internacional dos avanços no combate à fome. Segundo o presidente, o país repetiu o resultado alcançado durante seus mandatos anteriores e reforçou a prioridade na garantia do direito humano à alimentação adequada. “Outra coisa importante é que tiramos 33 milhões de pessoas do Mapa da Fome, reconhecido pela ONU”, pontuou.
Saúde — Na área da saúde, o presidente enfatizou a consolidação do Agora Tem Especialistas, iniciativa voltada à ampliação do acesso da população, especialmente a mais vulnerável, a consultas especializadas, exames e diagnósticos de média e alta complexidade. Lula lembrou que o programa foi uma das prioridades pessoais de seu governo e que os resultados já começam a ser percebidos. “O programa era uma obsessão minha, de fazer com que as pessoas mais pobres tivessem acesso à segunda e à terceira consulta e às máquinas modernas que dizem com antecedência se ele tem uma doença grave ou não. Tudo isso está acontecendo”, disse.
Economia — Lula também destacou resultados econômicos alcançados ao longo do mandato, com impacto direto na renda das famílias brasileiras, no controle da inflação e na ampliação do poder de compra da população. “Primeiro, o menor desemprego da história. A menor inflação acumulada em quatro anos. A maior massa salarial. Programa com isenção de luz, e o Gás do Povo, que vai distribuir gás de graça a mais de 15 milhões de famílias. Essas são marcas importantes”, destacou.
econstrução — Ao tratar do processo de reconstrução do país após o início do atual governo, o presidente comparou as políticas a um ciclo de plantio e colheita, destacando que os resultados mais amplos começam a se consolidar a partir do tempo necessário para maturação das ações. “Quando você planta um pé de soja, de jabuticaba, de milho, ele não aparece no dia seguinte e nem uma semana depois. Leva um tempo para aparecer e um tempo para amadurecer. Passamos dois anos reconstruindo esse país. Depois passamos um tempo plantando e o ano que vem será o ano da verdade. A gente vai tentar mostrar ao povo brasileiro o que aconteceu no nosso governo, comparando com tudo que aconteceu em outro tempo na história desse país”, frisou.









