A capital amazonense registrou 1.583 casos de malária nos quatro primeiros meses deste ano. O número representa uma redução de 8,9% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram notificados 1.738 casos da doença, de acordo com levantamento da Prefeitura de Manaus.
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto explicou que mesmo com as ações prioritárias voltadas ao combate do novo coronavírus, a equipe de Saúde tem trabalhado arduamente em outras frentes para vencer diversas doenças, entre as quais a malária. Há um esforço no sentido de conscientizar a população quanto às medidas preventivas contra o mosquito transmissor. E está aí o reflexo nesse resultado positivo.
Conforme o secretário municipal de Saúde (Semsa), Marcelo Magaldi, Manaus tem conseguido manter a meta da gestão municipal de reduzir a cada ano os casos de malária. A queda no número de casos é resultado do trabalho de intensificação da busca de pacientes sintomáticos, de ações de diagnóstico e tratamento, investigação epidemiológica, monitoramento e bloqueios de casos da doença, aplicação de inseticida no intradomicílio e nas áreas de registro de casos, entre outras atividades.
De acordo com o chefe do Núcleo de Controle da Malária, da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), João Altecir Nepomuceno da Silva, a redução mantém uma tendência dos últimos dois anos, sendo que, em 2018, houve redução de 20,8% e, em 2019, chegou a 21,9%, superando a meta pactuada de 15% nos Planos Anuais de Saúde (PAS – 2018 e 2019).
A malária é doença infecciosa produzida por protozoários do gênero Plasmodium, tendo como principal vetor de transmissão o mosquito Anopheles, e é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um grande problema de saúde pública nos países em desenvolvimento.
João Altecir explica que uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença diretamente a outra pessoa. É necessária a participação do vetor de transmissão, que é a fêmea do mosquito Anopheles, infectada pelo protozoário plasmodium, que causa a doença.
Na prevenção à malária, a população pode contribuir com cuidados básicos para evitar a disseminação da doença: uso de mosquiteiros; uso de roupas que protejam pernas e braços para evitar a picada do mosquito; colocação de telas em portas e janelas; uso de repelentes; e nas áreas de incidência do mosquito transmissor da malária, normalmente locais de floresta com rico manancial de água limpa, é necessário que a população evite frequentar beira de rios, igarapés e áreas alagadas no final da tarde ou no amanhecer, período onde há maior circulação do mosquito transmissor.









