Em 2021, a produção agrícola do Amazonas fechou em queda. O valor da produção das principais culturas do Estado atingiu R$ 1,4 bilhão, uma redução de 8,9% em relação ao ano anterior. Este é o segundo ano consecutivo de queda no valor de produção agrícola do Estado.
Em relação a 2019, a queda na produção foi de 13,5%. Os dados são da PAM – Produção Agrícola Municipal 2021, divulgados na quinta (15), pelo IBGE. Pela característica da atividade no Estado (subsistência), pode-se atribuir a queda à ocorrência da pandemia do Covid-19, e à queda natural de produção de certos produtos.
A área plantada no Amazonas, considerando todas as culturas, totalizou 105,8 mil hectares, uma queda de mais de 18 mil hectares, 14,0% inferior na comparação com 2020.
A produção agrícola nacional, por sua vez, atingiu, mais uma vez, novos recordes em receita. O valor da produção das principais culturas do País atingiu R$ 743,3 bilhões, um crescimento de 58,6%, em 2021, em relação ao ano anterior.
A elevada demanda externa e interna das commodities agrícolas, com o dólar mantendo sua valorização frente ao real, somada à escalada nos preços dos combustíveis, os preços dos principais produtos agrícolas nacionais estabeleceram-se em patamares elevados.
A área plantada do país, considerando todas as culturas, totalizou 86,7 milhões de hectares, uma ampliação de 3,3 milhões de hectares, 3,9% superior na comparação com 2020.
A pesquisa é uma das principais fontes de estatísticas municipais, levantando informações sobre área plantada, área destinada à colheita, área colhida, quantidade produzida, rendimento médio obtido e valor da produção das culturas temporárias e permanentes, com informações relevantes para os planejamentos público e privado desse segmento econômico, bem como para a comunidade acadêmica e o público em geral.
Dados gerais Mandioca, banana, açaí, abacaxi e cana-de-açúcar, nesta ordem, foram os cinco primeiros produtos no ranking de valor de produção, no Amazonas, em 2021. De 2020 para 2021, houve queda no valor de produção da mandioca e do abacaxi; e houve alta no valor de produção da banana, do açaí e da cana-de-açúcar. Em termos de quantidade produzida, no entanto, apenas o açaí apresentou crescimento.
Outros produtos com aumentos na produção do Estado foram a melancia, maracujá, laranja, soja, limão, abacate e goiaba.
Itacoatiara lidera o valor de produção de abacaxi, no Amazonas. Já Codajás tem maior valor de produção de açaí; enquanto o maior valor de produção de banana é o de Manicoré; e o de Mandioca, o de Tefé.
As lavouras temporárias são aquelas de curta ou média duração, uma vez que seu ciclo reprodutivo é inferior a um ano, e, depois de colhidas, precisam de um novo plantio. Esse grupo, em valor de produção, liderou em 2021, no Amazonas, com R$1,03 bilhão.
Já as lavouras permanentes, que são as de ciclo longo, cujas colheitas podem ser feitas por vários anos sem a necessidade de novo plantio, alcançaram R$83,9 milhões.
Entre as principais culturas agrícolas do Estado, há destaques nacionais tanto na lavoura permanente, com o açaí e com o guaraná, ambos na 2ª maior produção do País, e com o cacau (6ª maior produção); quanto nas lavouras temporárias, com juta (único produtor do Brasil), malva (maior produção do país), mandioca (5ª maior produção) e abacaxi (10ª posição).
Em termos de valor de produção agrícola nas lavouras temporárias, a mandioca é o produto que lidera com folga, com R$ 752,8 milhões, representando 72,95% do total no Amazonas.
Na sequência, aparecem o abacaxi, com R$ 87,5 milhões (8,48%), e a cana-deaçúcar, com R$ 82,7 milhões (8,02%).









