Os resultados do Censo 2022 sobre alfabetização, divulgado hoje (17) pelo IBGE; demonstram que o Amazonas melhorou sua taxa de alfabetização em 2,9 pontos percentuais, desde o último Censo realizado em 2010; atingindo 93,6% de sua população de 15 anos ou mais de idade, alfabetizada. Comparando com outras Unidades da Federação, a posição do Estado ainda é intermediária. Houve uma sensível melhora na alfabetização das pessoas adultas e idosas, que são consideradas as mais difíceis de serem alfabetizadas. Outra conquista foi a sensível melhora na alfabetização da população indígena. Japurá e Santa Isabel do Rio Negro tiveram aumentos expressivos. Manaus, Parintins e Boa Vista do Ramos possuem as melhores taxas de alfabetização do Estado. Já Itamarati e Envira estão na pior situação quanto a alfabetização.
Destaques
· Amazonas melhora em quase 3 pontos percentuais a taxa de analfabetismo;
· Mulheres são mais alfabetizadas e aumentam a diferença;
· Amazonas tem a 15ª melhor taxa de alfabetização do país, e a 3ª da Região Norte.
· Santa Catarina tem a melhor taxa e Alagoas a pior.
· Taxa de alfabetização dos indígenas subiu 16 pontos em 12 anos.
· Adultos e idosos apresentaram os maiores crescimentos na alfabetização.
· Entre os municípios, Manaus tem a melhor taxa do Estado. Boa Vista do Ramos e Parintins também são destaques. Itamarati e Envira têm as piores taxas.
Taxa de alfabetização e população alfabetizada
De acordo com o Censo 2022, considerando as pessoas de 15 anos ou mais de idade; houve um aumento na taxa de alfabetização total no Amazonas, passando de 90,15% em 2010 para 93,06% em 2022. Isso indica uma melhora significativa na alfabetização no estado ao longo de 12 anos.
Houve um aumento na taxa de alfabetização total no Amazonas, passando de 90,15% em 2010 para 93,06% em 2022. Isso indica uma melhora significativa na alfabetização no estado ao longo de 12 anos.
Tanto homens quanto mulheres apresentaram aumentos nas taxas de alfabetização. As mulheres mantiveram uma taxa ligeiramente superior à dos homens nos dois períodos. Em 2010, a diferença era de 0,68 pontos percentuais a favor das mulheres (90,49% contra 89,81%). Em 2022, essa diferença aumentou ligeiramente para 0,72 pontos percentuais (93,41% contra 92,69%).
Houve um aumento significativo no número absoluto de pessoas alfabetizadas, passando de 2.098.611 em 2010 para 2.667.211 em 2022. Isso reflete não só a melhoria na taxa de alfabetização, mas também o crescimento populacional no estado.
Ambos os sexos apresentaram aumentos no número absoluto de pessoas alfabetizadas. Para os homens, o aumento foi de 1.046.726 para 1.314.789, e para as mulheres, de 1.051.885 para 1.352.422. Nota-se que, em números absolutos, as mulheres sempre superaram os homens, consistentemente com a maior taxa de alfabetização das mulheres.
A população total de pessoas com 15 anos ou mais aumentou de 2.327.972 em 2010 para 2.866.187 em 2022, mostrando um crescimento populacional que acompanha o aumento das pessoas alfabetizadas.
A população total de pessoas com 15 anos ou mais aumentou de 2.327.972 em 2010 para 2.866.187 em 2022, mostrando um crescimento populacional que acompanha o aumento das pessoas alfabetizadas.
Desigualdade regionais na alfabetização
Em 2010, a taxa de alfabetização do Amazonas era de 90,15%. Em 2022, essa taxa aumentou para 93,06%. Esse incremento de 2,91 pontos percentuais demonstra um progresso significativo na educação do estado ao longo do período. As maiores taxas naquele ano foram Distrito Federal (96,53%), Santa Catarina (95,86%) e Rio de Janeiro (95,72%). Já as menores taxas eram Alagoas (75,68%), Piauí (77,07%) e Paraíba (78,09%).
O aumento de 2,91 pontos percentuais, de 90,15% em 2010 para 93,06% em 2022, coloca o Amazonas em uma posição de destaque no Norte do Brasil, superando a média de alguns estados da mesma região. As maiores taxas de 2022 foram: Santa Catarina (97,33%), Distrito Federal (97,23%) e São Paulo (96,89%) (empatado com Rio Grande do Sul).
Para determinar os estados que tiveram as maiores reduções no analfabetismo, é necessário analisar os incrementos nas taxas de alfabetização entre 2010 e 2022. No Maranhão houve aumento de 5,83 pontos percentuais (de 79,12% para 84,95%); Piauí registrou aumento de 5,70 pontos percentuais (de 77,07% para 82,77%) e Alagoas elevou 6,66 pontos percentuais (de 75,68% para 82,34%).
Os dados evidenciam que, embora todas as unidades da federação tenham registrado aumentos nas taxas de alfabetização, ainda persistem significativas desigualdades regionais. Estados do Norte e Nordeste tendem a ter taxas mais baixas em comparação com estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
A análise dos dados de 2010 e 2022 revela um progresso substancial na alfabetização no Brasil, com destaque para alguns estados que tiveram incrementos notáveis. Embora o Amazonas tenha apresentado um bom desempenho, outras regiões ainda enfrentam desafios significativos para alcançar taxas de alfabetização comparáveis aos estados mais desenvolvidos. Esses dados são fundamentais para orientar futuras políticas educacionais visando a redução das desigualdades regionais.
Taxa de Alfabetização por Cor ou Raça
A tabela apresenta dados da taxa de alfabetização de pessoas com 15 anos ou mais no Estado do Amazonas, desagregados por cor ou raça, nos anos de 2010 e 2022. A análise foca nos aumentos e quedas observados no período.
A taxa de alfabetização no Amazonas aumentou de forma geral em todas as categorias de cor ou raça entre 2010 e 2022. A maior melhoria foi observada na população indígena, com um aumento significativo de 16,14 pontos percentuais. Esse aumento indica um avanço considerável na alfabetização desta comunidade, que historicamente enfrenta maiores desafios de acesso à educação. Já a menor variação positiva ocorreu entre as pessoas de cor branca, com um aumento de 1,23 pontos percentuais. Embora ainda positivo, esse incremento é o mais modesto entre os grupos analisados.
As taxas de alfabetização para as pessoas pretas e amarelas também mostraram aumentos significativos, de 4,64 e 4,03 pontos percentuais, respectivamente. A população parda também apresentou um aumento consistente de 3,06 pontos percentuais.
Os dados indicam um progresso positivo na alfabetização de pessoas de 15 anos ou mais no Estado do Amazonas entre 2010 e 2022, com melhorias significativas em todos os grupos raciais. Destaca-se especialmente o aumento expressivo na alfabetização entre a população indígena, indicando esforços direcionados para reduzir disparidades educacionais historicamente presentes nessa comunidade. O progresso, embora variado entre os diferentes grupos raciais, demonstra avanços significativos na inclusão educacional no Amazonas.
Faixa etária
O dado que apresenta a taxa de alfabetização das pessoas de 15 anos ou mais de idade no Amazonas entre 2010 e 2022, revela que houve um aumento na taxa de alfabetização em todas as faixas etárias. Vamos examinar as mudanças mais significativas em termos percentuais para identificar os grupos de idade com as maiores quedas na taxa de alfabetização.
As maiores mudanças em termos percentuais ocorreram nos grupos de idade mais avançada. Os grupos com os maiores aumentos na taxa de alfabetização foram: 65 anos ou mais com aumento de 9,79 pontos percentuais (de 64,49% para 74,28%); 55 a 64 anos com elevação de 6,93 pontos percentuais (de 78,71% para 85,64%); e 45 a 54 anos que elevou 5,40 pontos percentuais (de 85,87% para 91,27%).
Os dados indicam que houve um esforço significativo na alfabetização de adultos mais velhos no Amazonas entre 2010 e 2022. As iniciativas de educação de adultos e programas de alfabetização provavelmente foram mais direcionados e eficaz nestas faixas etárias, contribuindo para a melhora observada.
Apesar dos aumentos, as taxas de alfabetização ainda são relativamente baixas nas faixas etárias mais velhas comparadas com as mais jovens, indicando a necessidade contínua de esforços educacionais.
Essa análise demonstra um progresso positivo, especialmente nas faixas etárias mais velhas, e sublinha a importância de continuar focando em estratégias de alfabetização abrangentes e inclusivas para todas as idades.
Municípios
A taxa de alfabetização dos municípios do Amazonas entre 2010 e 2022 revela um progresso geral na alfabetização, com a maioria dos municípios apresentando um aumento na taxa. No entanto, alguns municípios apresentaram uma ligeira diminuição, indicando possíveis áreas para foco em políticas educacionais.
Manaus continua a ser a cidade com a maior taxa de alfabetização, mantendo-se acima de 97%.
Boa Vista do Ramos e Parintins destacam-se com taxas superiores a 95%, mostrando um progresso significativo. Municípios como Japurá e Santa Isabel do Rio Negro tiveram aumentos expressivos, indicando melhorias substanciais nos esforços de alfabetização.
Manaquiri e Presidente Figueiredo tiveram uma pequena diminuição nas taxas, o que pode indicar a necessidade de intervenções para entender e resolver os fatores subjacentes a esta queda. Os dados sobre alfabetização são essenciais para o planejamento de políticas públicas focadas em educação, visando alcançar a alfabetização universal no estado do Amazonas.
Capitais
Em Manaus, a taxa de alfabetização das pessoas de 15 anos ou mais de idade aumentou de 96,21% em 2010 para 97,02% em 2022. Isso representa um aumento de 0,81 pontos percentuais ao longo de 12 anos. Embora o incremento seja positivo, a melhoria não foi tão significativa comparada a outras capitais.
As três cidades com as maiores taxas de alfabetização em 2010 mantiveram suas posições de destaque em 2022. Florianópolis, Curitiba e Porto Alegre continuaram a liderar, com um aumento significativo nas taxas de alfabetização, indicando políticas educacionais eficazes e contínuos esforços na melhoria do acesso à educação e qualidade do ensino.
Maceió teve o maior aumento percentual, subindo 3,44 pontos percentuais, seguido por Boa Vista (2,26 p.p.) e Rio Branco (2,07 p.p.). Isso pode indicar um esforço significativo nessas cidades para melhorar a alfabetização, possivelmente através de programas educacionais focados em reduzir o analfabetismo.
As maiores taxas de alfabetização em 2022 estão em Florianópolis, Curitiba e Porto Alegre, todas acima de 98%, refletindo uma educação bem desenvolvida e um acesso consolidado à instrução básica. Por outro lado, as menores taxas estão em Maceió (91,58%), Teresina (92,88%) e Rio Branco (93,04%), que apesar dos aumentos, ainda precisam de maiores esforços para alcançar os níveis mais elevados de alfabetização. Esses dados destacam a disparidade regional e a necessidade de políticas educacionais direcionadas para regiões com menor índice de alfabetização.
A análise da taxa de alfabetização entre 2010 e 2022 mostra avanços consistentes, com algumas cidades exibindo melhorias significativas. Manaus, embora tenha registrado um aumento na taxa de alfabetização, não figura entre as maiores taxas nem entre os maiores aumentos, indicando que há espaço para melhorias mais substanciais. As cidades do sul, como Florianópolis, Curitiba e Porto Alegre, continuam a liderar, enquanto algumas capitais do nordeste e norte precisam de mais atenção para reduzir as disparidades educacionais.