No Amazonas, o custo médio por metro quadrado (m2) apresentou leve desaceleração ao final de 2024, com variações de 0,25% em outubro; 0,06% em novembro e retração de –0,07% em dezembro.
A variação acumulada no ano foi moderada, registrando 1,72% em dezembro e refletindo um aumento gradual, mas contido nos custos, em 2024. A variação acumulada em doze meses também mostrou uma desaceleração, passando de 2,42% em outubro; para 1,72% ,em dezembro, e indicando uma menor pressão inflacionária no setor da Construção Civil no estado. Foi o menor aumento anual desde 2019.

No Brasil, as variações de custo médio por m² foram mais expressivas, com 0,53% ,em outubro; 0,24% em novembro; e 0,21% em dezembro, mostrando um aumento mais pronunciado em comparação ao Amazonas. A variação acumulada no ano fechou em 3,98% em dezembro, superando o aumento ocorrido no Amazonas. Em doze meses, a variação atingiu 4,03% em novembro, ajustando-se para 3,98% em dezembro, sinalizando um ritmo de preços mais elevado no Brasil.
No país o índice variou em 0,21% e na região Norte em 0,28%. Os dados divulgados hoje, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI).
Custo do metro quadrado (m2)
No Amazonas, a variação mensal do custo médio por m² em outubro foi de 0,25%; para 0,06% em novembro e registrou uma leve retração de -0,07% em dezembro. Esse movimento indica uma desaceleração no aumento dos custos no final do ano, sugerindo uma estabilização ou ajuste nos preços.
A variação acumulada no ano para o Amazonas foi de 1,73% ,em outubro e de 1,79% em novembro, mas recuou para 1,72% em dezembro. Isso demonstra que, embora tenha havido aumento nos custos ao longo do ano, ele foi moderado em comparação com outras regiões, com tendência de estabilização no último mês.
A variação acumulada em doze meses também reflete uma desaceleração no Amazonas. Em outubro, foi de 2,42%, caindo para 2,18% em novembro e finalizando o ano em 1,72% ,em dezembro. A queda contínua ao longo do trimestre indica que os custos da Construção Civil no estado apresentaram menor pressão inflacionária em relação ao mesmo período do ano anterior.
No Brasil, o custo médio por m² teve variações mais expressivas que as observadas no Amazonas. A variação mensal foi de 0,53% em outubro, desacelerando para 0,24% em novembro e 0,21% em dezembro. A variação acumulada no ano também mostrou crescimento consistente, fechando dezembro em 3,98%, sendo superior ao registrado no Amazonas. Em doze meses, a variação atingiu o pico de 4,03% em novembro, ajustando-se para 3,98% ,em dezembro, sinalizando que o aumento dos custos foi mais significativo no cenário nacional. Esses números refletem um ritmo de inflação mais elevado no Brasil, em comparação ao Amazonas.

Com a variação negativa de –0,1% no custo médio do m2, o Amazonas ficou na 25a posição entre os 27 estados do país, em dezembro de 2024. Isso reflete um movimento de ajuste nos preços da Construção Civil, no estado, em contraste com a maioria das regiões que registraram variações positivas.
As três maiores variações do custo médio foram observadas no Piauí (1,9%), no Amapá (0,6%) e Maranhão (0,6%) e foram acompanhadas por outros estados do Norte e Nordeste. Já as menores variações, todas negativas, ocorreram em Tocantins (-0,2%), na Bahia (-0,2%) e no Amazonas (-0,1%), demonstrando uma concentração de retrações no Norte e Nordeste.

Entre os estados da região Norte, o Amazonas ficou em sexta posição com a segunda menor variação no custo médio (–0,07%), em dezembro. O Amapá liderou com 0,63% na variação do custo médio da construção. A menor variação ficou com o Tocantins (-0,23%).

As regiões Norte e Sul, com 0,28% de variação, cada uma, no custo médio da construção, em dezembro, lideraram no aumento de preços do setor. A menor variação do custo médio, no setor, foi da região Nordeste (0,16%).

Metro quadrado (m2) em moeda corrente
No Amazonas, o custo médio do m² em dezembro de 2024 foi de R$ 1.824,02, encerrando o ano com uma leve redução em relação ao valor de novembro (R$ 1.825,28) e menor que o registrado em outubro (R$ 1.824,10). Esse comportamento reflete um cenário de estabilidade nos custos gerais da Construção Civil no estado, sem grandes oscilações no último trimestre do ano.
O custo médio do componente material apresentou um padrão similar, com R$ 1.095,25 em dezembro, praticamente igual ao de novembro (R$ 1.096,51) e outubro (R$ 1.095,33). Esse resultado reforça a estabilidade nos preços dos materiais no Amazonas, com variações mínimas no último trimestre de 2024, sugerindo um equilíbrio no fornecimento e demanda de insumos.
O custo do componente mão de obra permaneceu fixo em R$ 728,77 durante todo o trimestre, desde outubro até dezembro de 2024. Essa estabilidade pode estar relacionada a acordos coletivos firmados anteriormente ou à ausência de pressão inflacionária significativa no mercado de trabalho da construção civil no estado.
Em nível nacional, o custo médio do metro quadrado (m²) foi de R$ 1.790,66 ,em dezembro, mostrando um aumento constante em relação a novembro (R$ 1.786,82) e outubro (R$ 1.782,51). O componente material também apresentou alta gradual, encerrando dezembro em R$ 1.034,95. Por outro lado, o componente mão-de-obra cresceu em menor intensidade, variando de R$ 755,19 em outubro para R$ 755,71 em dezembro. O Brasil apresentou uma tendência de alta moderada ao longo do trimestre, com o Amazonas mantendo-se ligeiramente acima da média nacional, mas demonstrando maior estabilidade nos custos, principalmente no componente mão de obra.

Entre os maiores custos ,em moeda, Amazonas ficou na 12ª posição
Com o custo médio do m2 de R$ 1.824,02, em dezembro de 2024,o Amazonas, se posicionou em décimo segundo lugar no ranking das Unidades da Federação com os maiores valores.
O estado ficou com custo médio do m2 superior ao custo médio nacional (R$ 1.790,66) e de estados como o Amapá (R$ 1.790,87) e Rio Grande do Sul (R$ 1.783,52). Porém, o custo médio do m2 do Amazonas ficou menor do que o de alguns estados do Norte e Sudeste, como Roraima (R$ 1.989,73) e São Paulo (R$ 1.891,20).
As três maiores variações no custo médio do m2 foram observadas em Santa Catarina (R$ 2.029,40), Roraima (R$ 1.989,73) e Rondônia (R$ 1.983,87). Por outro lado, os três menores valores ficaram com Sergipe (R$ 1.594,97), Pernambuco (R$ 1.600,62) e Alagoas (R$ 1.609,13), evidenciando diferenças regionais no custo da Construção Civil.

Custo médio do componente material
O custo médio do m2, no componente material, ficou em R$ 1.095,25, em dezembro de 2024, no Amazonas, ocupando a nona posição entre os estados do país.
Os menores custos médios do componente material foram de Pernambuco (R$ 946,67), Espírito Santo (R$ 948,57) e Bahia (R$ 970,79). Já os maiores foram do Acre (R$ 1.238,97), Rondônia (R$ 1.194,3) e Roraima (R$ 1.186,51).
O valor de R$ 1.095,25 colocou o estado acima da média nacional, superando também Unidades da Federação como o Distrito Federal (R$ 1.095,08) e Santa Catarina (R$ 1.096,49). Contudo, o custo médio do componente material, no Amazonas, ficou abaixo do de outros estados do Norte como Acre (R$ 1.238,97), Rondônia (R$ 1.194,29) e Roraima (R$ 1.186,51), o que reforça a predominância de altos custos na região Norte. Por outro lado, os menores custos médios do componente material foram registrados em Pernambuco (R$ 946,67), Espírito Santo (R$ 948,57) e Bahia (R$ 970,79), destacando custos mais baixos no Nordeste e Sudeste.

Custo médio do componente mão-de-obra
O Amazonas apresentou um custo médio, referente a componente mão-de-obra, de R$ 728,77, e passou a ocupar a 10a posição entre os estados, em dezembro de 2024. O valor deixou o estado com custo médio menor do que o de estados do Norte como Roraima (R$ 803,22) e Rondônia (R$ 789,58). Na região, o Amazonas ocupou a quarta posição e o menor valor do custo da mão-de-obra foi do Amapá (R$ 677,68). No país, o custo médio da mão-de-obra do Amazonas ficou acima do de estados como Rio Grande do Sul (R$ 724,88) e Tocantins (R$ 715,00).
As três maiores variações no custo médio da mão-de-obra foram registradas em Santa Catarina (R$ 932,91), Rio de Janeiro (R$ 921,49) e Paraná (R$ 882,80), o que demonstra maiores valores no Sul e Sudeste do país. Já as menores variações foram de Alagoas (R$ 616,86), Sergipe (R$ 622,73) e Ceará (R$ 640,38), apontando para uma concentração de custos mais baixos no Nordeste.

Custo das componentes, em 2024
O custo médio do metro quadrado (m2), no Amazonas, registrou uma leve variação de janeiro a dezembro de 2024, passando de R$ 1.807,25 para R$ 1.824,02. Esse aumento de R$ 16,77 reflete uma evolução gradual, com o custo subindo ao longo do ano e alcançando seu pico em novembro (R$ 1.825,28). Esse comportamento sugere uma leve pressão sobre os custos gerais da Construção Civil no estado, embora sem grandes flutuações.
O componente material teve uma evolução mais contida, iniciando 2024 com um custo de R$ 1.121,14, em janeiro, e terminando o ano com R$ 1.095,25. Essa redução de R$ 25,89 ao longo do ano pode indicar uma leve diminuição nos custos dos materiais de construção, com uma queda importante em agosto (R$ 1.096,47) e uma estabilização perto de R$ 1.095,00 nos últimos meses do ano, o que mostra uma tendência de estabilidade ou leve retração no preço dos insumos.
O componente mão-de-obra se manteve estável em grande parte do ano, no início de 2024 o custo médio estava em R$ 686,11 e permaneceu fixo até junho. A partir de julho, no entanto, houve aumento gradual e o custo médio da mão-de-obra chegou a R$ 728,77 em dezembro, o que representa uma alta de R$ 42,66 ao longo do ano. Esse aumento demonstra uma pressão sobre os custos da mão-de-obra, que teve crescimento contínuo na segunda metade do ano, evidenciando uma possível escassez ou aumento nos custos dos serviços.

Custos por projetos
Considerando o custo de projetos, por m2, em dezembro de 2024, o de uma casa popular, no Amazonas, com padrão de acabamento normal, 1 pavimento, sala, 2 quartos, circulação, banheiro, cozinha e varanda, ficou em R$ 1.896,88. O custo médio desse tipo de projeto apresentou uma leve oscilação ao longo de 2024. Em janeiro, o valor era de R$ 1.879,29, mas reduziu até julho para R$ 1.873,17. A partir de julho os valores subiram consistentemente até atingirem R$ 1.873,17 em dezembro do ano passado. Esse comportamento mostrou relativa estabilidade, mas com tendência de alta no segundo semestre.
Para os projetos de casas populares, com padrão normal de acabamento, 1 pavimento, sala, 2 quartos, banheiro, cozinha e circulação, o custo do projeto começou o ano em R$ 2.107,356 e seguiu uma trajetória semelhante ao projeto anterior, com redução moderada até maio (R$ 2.101,40). A partir de junho, observou-se aumento gradual de valores, culminando em R$ 2.128,88 no mês de dezembro. Apesar das oscilações, o custo final foi apenas ligeiramente superior inicial, mostrando uma estabilidade maior.
Os projetos de casas residenciais, com padrão de acabamento normal, com 1 pavimento, sala, 2 quartos, banheiro, cozinha, quarto, varanda, circulação, área de serviço e banheiro de empregada, iniciaram o ano com custo de 2.081,00, por m2, registrando leve declínio até maio (R$ 2.073,87). A partir de junho houve aumento e em dezembro chegou a R$ 2.100,18. Apesar das variações, a amplitude foi relativamente pequena, apontando para um comportamento estável ao longo do ano.
Por fim, os projetos de casas residenciais, com padrão de acabamento normal, com 1 pavimento, sala, 3 quartos, banheiro, cozinha, quarto, varanda, circulação, lavabo, área de serviço, quarto e banheiro de empregada terminou 2024 com custo de projeto, por m2, com menor variação entre os analisados, ficando em 1.768,75 em janeiro, com uma leve redução até maio (R$ 1.761,33), seguido por uma recuperação gradual no segundo semestre. O valor, em dezembro, foi de R$ 1.784,41, indicando um aumento discreto no fechamento do ano. O padrão de estabilidade manteve-se presente, refletindo um mercado mais consistente para esse perfil de construção.
