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Falta de vegetação nativa afeta mamíferos em paisagens agrícolas no Cerrado

Dez entre 12 espécies de mamíferos de médio e de grande porte têm população impactada pela degradação de paisagens agrícolas no Cerrado, mostra estudo

Redação por Redação
1 de janeiro de 2025
em Meio Ambiente
Foto: Toninho Tavares

Foto: Toninho Tavares

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Cerca de metade do bioma Cerrado já foi eliminado pelo desmatamento e por mudanças no uso do solo, e o que resta de vegetação nativa é rodeado por pastos, monoculturas, plantações florestais, e atravessada por rodovias — em seu conjunto chamada de paisagem agrícola.

Em estudo de pesquisadores da USP publicado na revista Animal Conservation, os autores avaliaram os efeitos da proximidade de rodovias, e da qualidade e conectividade do hábitat sobre o número de indivíduos (abundância) das populações de 12 espécies de mamíferos no entorno de duas rodovias (MS-040 e BR-267) que atravessam paisagens agrícolas na região sudeste do Estado do Mato Grosso do Sul, no bioma Cerrado.

Conforme definido no estudo, a diminuição da qualidade do hábitat significa menor área de vegetação nativa (arbórea/florestal e de gramíneas/campos) em relação à área ocupada por usos antrópicos, relacionados a atividades humanas (pastagens, plantações florestais e monoculturas), enquanto a diminuição da conectividade do hábitat representa o aumento da distância entre fragmentos de vegetação nativa.

Para a maioria (10) das espécies estudadas, variações na abundância da população foram fortemente associadas com a qualidade e a conectividade do hábitat. Em outras palavras, a redução da qualidade e conectividade do hábitat nas áreas de estudo tiveram efeito na diminuição da abundância das espécies, mas o nível de variação na abundância foi específico para cada espécie, ou seja, fortemente dependente das características da ecologia/comportamento de cada uma. As exceções foram a anta (Tapirus terrestris) e o tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), que não mostraram mudanças em sua abundância local associada a variações na qualidade e conectividade do hábitat.

Mapa mostrando a ocorrência das espécies na área estudada
Áreas estudadas no estado do Mato Grosso do Sul. A paisagem agrícola nas duas rodovias (a estadual MS-040 e a federal BR-27) é bastante similar, sendo formada principalmente pela cobertura de vegetação nativa do Cerrado (formações florestais, savanas e campos de gramíneas), e áreas antropizadas — pastagens, plantações de eucalipto, e plantações de monoculturas (soja e cana-de-açúcar) – Imagem: Reprodução do artigo

Já a proximidade das rodovias influenciou a abundância de apenas três (25%) dentre as 12 espécies analisadas — tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), capivara (Hydrochoerus hydrochaerys) e cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) — contrariando a previsão inicial dos autores, que esperavam que todas as seis espécies incluídas no estudo que apresentam altas taxas de mortalidade (por atropelamento) nas rodovias analisadas fossem significativamente impactadas em áreas mais próximas das rodovias. Enquanto o tamanduá-bandeira e a capivara tiveram abundância menor próximo às rodovias, o cachorro-do-mato apresentou o resultado oposto.

A variação da abundância das espécies ao longo do espaço e do tempo em uma região é um dos principais indicadores para saber as chances de sobrevivência e persistência das populações e, consequentemente, para o planejamento de medidas de mitigação dos efeitos adversos da redução da qualidade/conectividade do hábitat, e da presença de rodovias em paisagens agrícolas.

O estudo é um desdobramento do projeto Ocorrência de mamíferos e invasão biológica em remanescentes de Cerrado de paisagens agrícolas apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e coordenado por Adriano Garcia Chiarello, professor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, e orientador do doutorado de Vinicius Alberici, primeiro autor do artigo.

Em estudo prévio do projeto coordenado por Chiarello e publicado com outros coautores a cobertura de vegetação nativa foi o fator que mais influenciou o número de espécies de mamíferos nativos encontrados em paisagens agrícolas no Cerrado do Estado de São Paulo; nesta região de paisagens agrícolas já bem consolidadas (ocupação antiga), espécies como o tatu-canastra e a queixada, ainda encontradas na região do novo estudo, já estão localmente extintas (agencia.fapesp.br/50671/).

Dados do estudo

As 12 espécies de mamíferos analisadas incluíram seis espécies de médio porte e seis de grande porte; cada grupo por sua vez foi subdividido (três espécies cada) com base na suscetibilidade das espécies à morte por atropelamento nas rodovias estudadas, ou seja, espécies com altas taxas de morte por atropelamento (mais de 154 indivíduos da espécie mortos por km em cada ano), e espécies com baixas taxas (menos de 14 indivíduos da espécie mortos por km em cada ano).

Tamanduá-bandeira registrado em 07/08/2018
Tamanduá-mirim registrado em 04/05/2019
Tatu-canastra registrado em 30/06/2019
Anta registrada com seu filhote registrados em 09/07/2018
Tatu-peba atropelado em uma das rodovias do estudo
Lobo-guará atropelado em uma das rodovias do estudo
Jaguatirica registrada em 04/09/2018

Fotos: cedidas por Vinicius Alberici, primeiro autor do estudo

Cinco espécies do estudo — tamanduá-bandeira, anta, lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), tatu-canastra (Priodontes maximus) e queixada (Tayassu pecari) — fazem parte da lista dos mamíferos ameaçados de extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) de 2022.

As espécies foram registradas através de câmeras fotográficas (camera trap) aleatoriamente distribuídas em fragmentos de vegetação nativa ao longo de um gradiente de distância em uma área retangular em cada lado das rodovias, durante as estações secas (de abril a setembro) entre 2018 e 2019. A zona de influência, ou seja, o efeito das rodovias sobre os mamíferos foi avaliada considerando um gradiente de distâncias — até 5 km da borda, e entre 5 km e 10 km da borda de cada lado das rodovias —, e ao longo de 45/60 km de comprimento das rodovias, a MS-040 e a BR-267, respectivamente.

Essas rodovias possuem grande variação quanto à intensidade do tráfego de veículos, uma das variáveis de interesse da pesquisa; cerca de 653 veículos/dia na MS-040 (tráfego baixo), e cerca de 3.973 veículos/dia na BR-267 (tráfego alto).

Os pesquisadores utilizaram os registros das câmeras de presença/ausência de indivíduos das espécies estudadas — além dos dados sobre esforço de amostragem (número de dias registrados em cada unidade amostral), data do registro (início ou final da estação seca) e a localização de instalação das câmeras — em modelos ecológicos computacionais que permitiram estimar a probabilidade de detecção dos indivíduos. As câmeras totalizaram 60 unidades amostrais circulares em cada rodovia, cada unidade com três câmeras e cobrindo uma área de 600 hectares.

Efeitos das paisagens agrícolas e implicações para a conservação

As rodovias e o tráfego de veículos representam uma série de ameaças aos ecossistemas que atravessam — mortalidade devido a colisões com veículos, ameaça à sobrevivência e persistência das populações, e aumento do risco de extinções locais.

Conforme a infraestrutura de transporte aumenta para acomodar a expansão agrícola, esforços para mitigar os efeitos negativos das rodovias sobre a fauna nativa são imprescindíveis. Na última década houve uma expansão significativa da infraestrutura representada pela malha de rodovias que atravessam as paisagens agrícolas do Cerrado, tendência que deve continuar nas próximas décadas.

Para os autores, independentemente do volume de tráfego das rodovias, medidas de mitigação como a combinação de cercas e estruturas para a travessia de fauna deveriam ser implementadas, e as espécies que mostram as respostas em nível populacional mais negativas em relação às rodovias, como o tamanduá-bandeira e a capivara, priorizadas.

“Algumas espécies, entre elas espécies ameaçadas de extinção como o tamanduá-bandeira, se beneficiariam de medidas voltadas especificamente para a mitigação dos impactos das estradas sobre suas populações, como a redução da velocidade e o cercamento de alguns trechos associados à construção de passagens de fauna”, explica Chiarello.

Como perspectivas futuras, os autores ressaltam que há uma demanda urgente para que as pesquisas em ecologia de estradas mudem seu foco para a avaliação dos efeitos das rodovias sobre a fauna em um nível populacional, e recomendam a associação de medidas de mitigação com esforços para aumentar a qualidade e a conectividade do hábitat na paisagem, o que poderia ser alcançado através da implementação de projetos para restaurar a vegetação nativa em propriedades rurais onde os proprietários ainda não estão em conformidade com a legislação ambiental.

“A maior parte das espécies nativas respondeu mais fortemente à composição e à configuração da paisagem do que à proximidade de estradas, ressaltando, portanto, a importância da manutenção de vegetação nativa no interior das propriedades rurais, na forma de áreas de preservação permanente e de reservas legais, como demanda o Código Florestal Brasileiro” destaca Chiarello.

Os autores consideram que se adequadamente manejadas, paisagens agrícolas com elevadas densidades de rodovias ainda podem contribuir para a persistência de populações da fauna nativa, desempenhando um papel-chave na conservação da biodiversidade.

O artigo Unravelling unique responses of mammal abundance to road proximity in agricultural landscapes pode ser lido em https://doi.org/10.1111/acv.12933

Mais informações: Vinicius Alberici (vinialberici@gmail.com); Adriano Garcia Chiarello (bradypus@ffclrp.usp.br).

Fonte: Jornal da USP– *Bolsista Mídia Ciência Fapesp na FFCLRP- **Estagiária sob supervisão de Moisés Dorado

Tags: CerradoManausMeio AmbientenotíciasPortal AMportalamUSP

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