No 1º trimestre de 2024, 1 milhão 930 mil pessoas estavam na força de trabalho no Amazonas. Deste número, 1 milhão 741 mil estavam ocupados, dos quais 928 mil eram trabalhadores informais. O número de trabalhadores desocupados era 189 mil.
No Estado, a taxa de desocupação ficou em 9,8% no 1º trimestre de 2024. Houve variação de 1,0 ponto percentual (p. p.) em relação ao trimestre anterior de 2023. Comparado ao mesmo trimestre de 2023, a variação foi de -0,7 p. p. O percentual de pessoas desocupadas colocou o Estado na 9ª posição entre as taxas de desocupação do país. A taxa de informalidade caiu para 53,3%, mas ainda é a segunda maior taxa da região Norte e quinta maior do país. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada hoje (17) pelo IBGE.
Destaques
· A taxa de informalidade amazonense cai para 5ª posição, mas continua entre as maiores do país;
· O número de pessoas empregadas no setor privado caiu, porém houve aumento do número de empregados com carteira assinada;
· Taxa de informalidade reduziu, fazendo o Estado cair duas posições no ranking nacional
· A massa de rendimentos sofreu queda de mais de R$ 200 milhões em relação ao trimestre anterior
Pessoas com idade de trabalhar e na força de trabalho
No 1º trimestre de 2024, a população em idade de trabalhar, no Amazonas, era de 3 milhões 216 mil pessoas. Comparado ao trimestre anterior, foi uma redução de 11 mil pessoas, porém um aumento substancial de 74 mil pessoas quando considerado o mesmo trimestre do ano anterior.
Eram 1 milhão 930 mil pessoas na força de trabalho no 1º trimestre de 2024, entre ocupadas e desocupadas, uma redução de 34 mil pessoas em relação ao trimestre anterior.
Nível de ocupação
O nível de ocupação corresponde ao percentual de pessoas ocupadas na semana de referência em relação as pessoas em idade de trabalhar.
No 1º trimestre de 2024, o nível de ocupação da população no Amazonas ficou em 54,1%, uma redução de -1,4 p. p. em relação ao último trimestre de 2023. Se consideramos o mesmo trimestre de 2023, houve uma redução de 0,1 ponto percentual.
Taxa de desocupação no Amazonas
A taxa de desocupação, no Estado, ficou estimada em 9,8%, sendo 1,0 p. p. a mais que o trimestre anterior e -0,7 p. p. em relação ao registrado no mesmo trimestre de 2023. São 189 mil pessoas desocupadas neste primeiro trimestre de 2024 em todo o Estado.
A taxa de desocupação vinha caindo gradualmente desde 2021 no Amazonas, e estabilizou-se com pequenas variações a partir do último trimestre de 2022, atingindo seu menor patamar no 4º trimestre de 2023.
Ainda assim, comparado a outras Unidades da Federação, a taxa de desocupação local se mantém elevada, o que coloca o Estado na 9ª posição nacional.
Quantidade de empregados por categoria
O quantitativo de empregados no setor privado teve uma queda de 13 mil pessoas, passando a ser 660 mil, apesar de ainda estar em um patamar acima do registrado no mesmo trimestre de 2023. Porém, quando considerado apenas os trabalhadores com carteira assinada, houve um aumento de 18 mil empregados, passando de 424 mil a 442 mil, enquanto o quantitativo de pessoas empregadas sem carteira assinada reduziu em -31 mil.
O setor público, com 287 mil empregados, sofreu redução de 12 mil pessoas, mas ainda se mantém acima do patamar encontrado no mesmo trimestre de 2023. Ao considerarmos apenas os funcionários públicos estatutários, o número permanece em ascensão: eram 149 mil no primeiro trimestre de 2023, 153 mil no último trimestre de 2023 e 157 mil no primeiro trimestre de 2024.
Quantidade de trabalhadores por atividade
A administração pública segue sendo o setor com o maior número de trabalhadores: 338 mil, apesar de ter havido uma redução de 10 mil pessoas em relação ao trimestre anterior. Em segundo lugar, figura o setor de comércio com 320 mil trabalhadores após uma redução de 13 mil trabalhadores em relação ao trimestre anterior e em relação ao mesmo trimestre de 2023, quando eram 373 mil. O terceiro setor com o maior quantitativo de trabalhadores no estado é a agricultura, pecuária e pesca, com 295 mil pessoas, sendo este o setor que teve o maior aumento em relação ao trimestre anterior, tanto em termos percentuais quanto absolutos: 10 mil trabalhadores (3,6%). O setor de alojamento e alimentação teve a maior redução, tanto em termos absolutos quanto percentuais: 14 mil pessoas (14%).
Trabalhadores por conta própria e informalidade
No 1º trimestre de 2024, o número de trabalhadores por conta própria teve queda registrada tanto em relação ao trimestre anterior quando em relação ao mesmo trimestre de 2023: eram 537 mil neste início de 2024, uma redução de 9 mil pessoas quando consideramos o trimestre anterior, e 16 mil quando consideramos o mesmo trimestre de 2023. Tanto o número de trabalhadores por conta própria com CNPJ quanto sem CNPJ teve redução.
A taxa de informalidade apresentou leve redução, ficou em 53,3%, quando era 54,6% no 4º trimestre de 2023. Mesmo assim, o quantitativo de trabalhadores informais (928 mil) continua alto. Porém, a melhora do índice fez o estado cair da 3ª posição para a 5ª do ranking nacional. Neste trimestre, Piauí e Ceará superaram a taxa de informalidade do Amazonas.
Manaus
Entre o 4º Trimestre de 2023 e 0 1º Trimestre de 2024, o número de pessoas na força de trabalho, na capital, reduziu 1,0%. No mesmo sentido, a quantidade de pessoas ocupadas perdeu 16.000 postos de trabalho, redução de -1,6%. Consequentemente, o número de desocupados elevou em 4 mil pessoas (3,1%).
A taxa de desocupação da capital fechou o 1º Trimestre de 2024 em 11,6%, o que a colocou com a terceira maior taxa entre as capitais do país.
Os informais somam 413 mil no 4º Trimestre, fazendo a taxa de informalidade alcançar 41,2%, sexta maior entre as capitais. No trimestre, a taxa teve queda de 2,7 pontos em relação ao trimestre anterior.
Rendimento médio mensal
O rendimento médio mensal real habitual, de todos os trabalhos, foi de R$ 2.308,00, uma redução de R$ 93,00 (-3,9%) comparado ao trimestre anterior, porém um aumento de R$ 32,00 (4,2%) na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.
Massa de rendimentos
A massa de rendimentos é a soma dos rendimentos brutos nominais habitualmente recebidos de todas as pessoas ocupadas, em todos os trabalhos que tinham na semana de referência.
A massa de rendimentos de todos os trabalhos das pessoas ocupadas ficou em 3 bilhões 716 milhões de reais, uma redução de 6% em relação ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o aumento foi de 8,4%: eram 3 bilhões 419 milhões de reais naquele período.
Indicadores de subutilização
O total de pessoas desocupadas ou subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas chegou a 251 mil, o que representa um aumento tanto em relação ao trimestre anterior (5%), porém está abaixo do registrado no mesmo período de 2023 (eram 342 mil).