A primeira dama do Município, Elizabeth Valeiko, se pronunciou na noite de ontem (09), após vários blogs e portais fazerem notícias dizendo que ela estaria furando fila para visitar o seu filho na prisão.
Em sua nota ela conta que são sete anos luta para que o filho saia das drogas, e da tristeza em ver que estão usando o seu filho para atacar o seu esposo, o prefeito de Manaus, Arthur neto.
Em sua rede social a primeira dama recebeu várias mensagens de apoio e de carinho.
“Força primeira Dama isso tudo vai passar, não dê ouvidos para pessoas ignorantes.Que Deus possa lhe proteger, lhe iluminar, livrar de todas as palavras brutas, tudo vai dá certo”, comentou , Abreu Nery.
“Sou mãe e me solidarizo com a sua dor e de inúmeras mães que passam por isso, a droga já causa uma dor enorme a tantas famílias, precisamos agora ter empatia e saber que assim como essa família passa hoje por isso, amanhã pode ser a sua”, comentou Thai Abreu.
Lei a seguir na íntegra a nota da Primeira Dama
Não tem sido fácil, como mãe, enfrentar tudo o que vem acontecendo nos últimos dias. E as falsas notícias diárias tornam a dor ainda mais difícil. Afirmam coisas que não fiz. Sou julgada pelo que não sou. E o pior: sem qualquer chance de defesa, tudo para se fazer politicagem.
Ontem fui ao presídio sem avisar. Queria poder me sentir, pelo menos, um pouco próxima do meu filho. Queria me cadastrar para vê-lo. E aqui começo a viver o drama de muitas outras mães que acabaram vendo seus filhos, de alguma forma, dependentes do sistema prisional.
As informações são desencontradas, cheias de burocracias. Mas aos poucos vou entender melhor tudo isso. Minha desinformação sobre o assunto, criou uma narrativa totalmente equivocada. Disseram de tudo, que furei fila, que estava mimando meu filho… De forma alguma vou buscar um tratamento diferenciado das outras mães. Vi um vídeo de alguém comentando que eu não era melhor que ninguém. E isso é verdade. A mais pura verdade. Se esse é o procedimento, estarei lá, na fila, no sol ou na chuva, para poder vê-lo. Sou apenas mais uma mãe que tenta lutar pelo bem de seu filho. Uma batalha que não começou agora.
Há anos tenho enfrentado uma luta cruel e desigual contra o vício de meu filho em drogas. De início, a gente quer acreditar que é apenas uma fase e que tudo vai passar. Mas já se foram mais de sete anos, entre internações e lágrimas. Agora, tudo isso é usado de forma forçosa, buscando minha humilhação e de meu esposo, que não tem parado de trabalhar para honrar a confiança que o povo de Manaus nele depositou. Te peço desculpas Arthur. Não queria que minha dor fosse usada para lhe atacar. Você é um homem bom, com bons ideais.
Sobre meu silêncio até aqui é em obediência às orientações da defesa. E como isso tem sido difícil pra mim. Quero muito que todas as pessoas tenham acesso ao conteúdo das conclusões da polícia, pois ficará claro o uso disso para promover escárnio. Mas acredito muito nos propósitos de Deus. Essa experiência dolorosa certamente será um instrumento dEle para me ajudar a ver, ainda mais de perto, a situação de outras famílias que vivenciam o que eu estou passando. De servir como uma maneira de dar visibilidade ao sofrimento que todas elas passam há anos.
Agradeço a todos que permanecem em oração para que esse caso seja tratado de forma honesta. Não é fácil ser mãe. Não é fácil ser mulher. E neste caso todas as mães estão sofrendo. Definitivamente não foram esses os planos que fizemos quando os embalamos pequenos em nossos braços.
Por Ana Kelly Franco