A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou que nove dos mortos durante a Operação Contenção eram naturais do Amazonas e tinham ligação direta com o Comando Vermelho (CV).
Entre eles estão Douglas Conceição de Souza, o “Chico Rato”, e Francisco Myller Moreira da Cunha, o “Gringo”, considerados chefes da facção no estado.
Segundo o relatório oficial, mais de 95% dos mortos tinham vínculos comprovados com o Comando Vermelho, e 54% eram de fora do Rio de Janeiro.
A investigação aponta que 97 dos mortos possuíam histórico criminal relevante, enquanto 59 tinham mandados de prisão em aberto.
‘Gringo’: foragido desde abril e condenado por homicídio
Francisco Myller Moreira da Cunha, conhecido como “Gringo”, nasceu em Eirunepé (AM) e completou 32 anos um dia antes da operação.
Ele estava foragido desde abril de 2024, quando foi condenado a 34 anos e 10 meses de prisão por homicídio e organização criminosa.
Segundo o inquérito, “Gringo” participou do assassinato de Samuel Paz de Andrade, em 2021, crime motivado por disputa entre facções. A vítima foi executada enquanto dormia em casa.
Outros mortos do Amazonas na Operação Contenção
Além de “Chico Rato” e “Gringo”, a Polícia Civil divulgou os nomes de Waldemar Ribeiro Saraiva (“Fantasma”), Hito José Pereira Bastos (“Dimas”), Lucas Guedes Marques e Cleideson Silva da Cunha (“Loirinho”).
“Loirinho” respondia por assaltos a casas lotéricas e homicídio. Ele é apontado como um dos envolvidos em uma execução com mais de 40 disparos dentro de um condomínio de Manaus — crime que gerou grande repercussão no estado.
A polícia informou que outros três nomes de amazonenses mortos ainda não foram divulgados oficialmente.
Operação Contenção: 97 mortos e maioria de fora do Rio
A Operação Contenção, realizada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, resultou em 97 mortes.
Desse total, 62 eram de outros estados, incluindo 19 do Pará, 9 do Amazonas, 12 da Bahia, 4 do Ceará, 2 da Paraíba, 1 do Maranhão, 9 de Goiás, 1 do Mato Grosso, 3 do Espírito Santo, 1 de São Paulo e 1 do Distrito Federal.
O relatório descreve os mortos como “neutralizados”, destacando que 17 não possuíam histórico criminal, embora 12 deles apresentassem indícios de envolvimento com o tráfico em redes sociais.









