Após dois anos de negociação, a quinta e última rodada para construção de um tratado internacional que acabe com a poluição plástica está sendo marcada por “impaciência”.
A observação é da diretora-executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, em conversa com jornalistas em Busan, na Coreia do Sul, nesta quarta-feira.
Frustração “palpável”
Inger Andersen afirmou que a velocidade na elaboração do texto é insuficiente para concluir o tratado. Para ela, é muito claro que os países querem esse acordo, bem como a população em geral, e que por isso mesmo a frustração sentida na sala de negociação é “palpável”.
A chefe do Pnuma afirmou que com boa vontade e aceleração, esse acordo pode ser concluído e aprovado até este domingo, 1 de dezembro. Ela pediu que os negociadores se dediquem ao consenso e, em caso de impasse, avancem onde há mais convergência.
Para Andersen, o escopo da resolução que deu origem à negociação é “muito claro” e envolve uma abordagem do tempo de duração dos produtos plásticos, consumo e produção sustentáveis e a criação de um mecanismo de financiamento.