Política – O pré-candidato a deputado federal e advogado, Marcos Pollon, foi denunciado ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público do Distrito Federal por supostamente ter realizado um sorteio de armas em um encontro do grupo Proamars, ocorrido no dia 9 deste mês, em Brasília.
Para tentar driblar a Portaria 20.749 de 2020 do Ministério da Economia, que veda a distribuição de armamentos como prêmio, Pollon teria usado a palavra “furadeira” para se referir à arma. O sorteio teria acontecido em uma confraternização do congresso do Proarmas.
Pollon teria anunciado o sorteio em vídeo ao vivo no seu canal no YouTube dois dias antes do evento.
“Aqui, na descrição do vídeo tem um link para o pessoal adquirir os convites para o nosso churrasco e a gente está vendo uma forma de presentear quem for no 9 de julho com o sorteio de uma furadeira”, disse o advogado no vídeo.
“Estamos pensando em fazer uma furadeira para quem é do Brasil todo e outro para quem é do Distrito Federal e região. A gente vai disponibilizar um link na internet onde você se cadastra, vai ser feito um sorteio pela loteria federal e lá no evento já recebe o voucher de uma furadeira”, afirmou também.
A ação foi apresentada pelo professor Douglas Belchior, cofundador da Uneafro Brasil e membro da Coalizão Negra por Direitos, articulação nacional que reúne mais de 250 organizações, coletivos e entidades do movimento negro e antirracista. Belchior é pré-candidato pelo PT a deputado federal por São Paulo.
Aliado da família Bolsonaro, Pollon é pré-candidato a deputado federal pelo PL e presidente do Proarmas, maior grupo armamentista do Brasil. O evento do dia 9 teve campanha política antecipada para o presidente Jair Bolsonaro (PL) e contou com a presença dos deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Daniel Silveira (PTB-RJ), entre outros.
Douglas Belchior também denunciou o sorteio ao Ministério da Economia.









